domingo, 19 de dezembro de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Aquilo que é bom, e de verdade, e forte, e importante - coisa ou pessoa - na sua vida, isso não se perde.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010




Como pode? Duas pessoas tão diferentes se amarem a ponto de não conseguirem desviar os pensamentos um do outro? Certo dia me perguntaram: Por que você se apaixonou? Eu repondi: Não sei… E talvez continue não sabendo. Eu simplesmente amo, acordo e vou dormir com ele nos meus pensamentos. E como podemos deixar que nossas diferenças nos afetem? Por que diante do amor, nós (humanos) somos às vezes tão racionais? Por que deixamos que o jardim tenha ervas daninhas?

Respostas que eu não tenho.

domingo, 5 de dezembro de 2010


[...] e eu estou ficando sem lágrimas pra esperar o Sol nascer sem ti.

Blues


I think I'm lost.
Maybe it's just jealousy or loneliness.
But it's really hard, and I feel so blue these days.
Yeah, I'm writin' this for you.
Please, call me. Come here.
Save me again.'Cause only you can do this.
I'm on my limit, and in this moment, I need your help.
I need your taste, your smell, your breath, your touch, your body.
It's so hard to assume this, but I came to the point where words are not enough.
You make me happy, but I need to show how much happy you can make me feel.
You make me laugh, and I need to see your smile too.
I am a junkie.You are my addiction.
And I need a huge shot right now.

Há um certo momento em que toda sua vida sai de seu curso, nesse momento de desespero você deve escolher a sua direção.

Voce lutará pra seguir o caminho?

Outros vao dizer quem você realmente é?

Ou você mesmo vai se rotular?

Você será honrado pela sua escolha?

Ou abraçará seu novo caminho?

Cada manhã você escolhe em seguir em frente ou em simplesmente desistir.
Há um certo momento em que toda vida sai de seu curso, nesse momento de desespero, quem você será? Você baixará a guarda? E achará conforto em alguém em que não esperava? Você esticará os braços? Você enfrentará seus maiores medos corajosamente? E seguirá em frente com fé? Ou você vai sucumbir a escuridão da sua alma?


Eu acredito em amor verdadeiro.
Acredito em amor á primeira vista.
Acredito que o amor vence tudo.
E isso não significa que não haverão dias difíceis.
Ou situações difíceis para enfrentar, porque haverá.
Mas achar aquela pessoa certa pra você,
E saber que essa pessoa também te ama.
Isso torna tudo tão mais fácil.

sábado, 4 de dezembro de 2010

- Sonhei contigo...
- Sério? Aaaahhh, como foi?
- Eu não lembro…
-
Então como sabes que sonhaste comigo?
-
Eu acordei feliz.




:)

I want to wake up and see you by my side until the end of my days!









sexta-feira, 3 de dezembro de 2010



O silêncio não é tão ruim, até eu olhar para as minhas mãos e me sentir triste, porque os espaços entre os dedos são bem onde os teus se encaixam perfeitamente.












Daí, penso também outra coisa de gente grande: não adianta muito você se enfeitar todo pra uma pessoa gostar mais de você. Porque, se ela gostar, vai gostar de qualquer jeito, do jeito que você é mesmo, sem brilhos falsos.


:)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010



"Eu sabia que estava sendo amada, talvez como nunca em toda a minha vida. Mas absolutamente incrível. Só ele conheceu uma mulher corajosa que admitiu todos os medos, todas as neuroses, todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas, peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de tanto amar, de não ser boa o suficiente. Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente. Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso."



<d3

"Se eu sabia que iria dar certo? Não, eu não sabia. Agente nunca sabe. Mas mesmo com tudo contra nos arriscamos mesmo assim. Certeza é para quem não ama o suficiente. A única certeza que eu tenho nesse momento é que logo eu vou poder olhar dentro dos teus olhos e conseguir ver a tua alma. E ela me dirá exatamente o que eu devo saber. Não vai ser preciso ser dito uma só palavra."


:)

Dear John.



"Você tem um pedaço de mim, então mesmo que você viva sempre indo e vindo, nunca será esquecido. Não por mim. Pois eu sempre o levarei comigo em meu coração. Pode ser que dessa vez você tenha ido pra sempre, ou talvez seja só mais um tempo. Não importa. Sempre haverá um lugar aqui pra você. O lado direito do meu peito sempre estará guardado pra você. Metade de mim. Venha quando puder. Mas não se preocupe, não me importo em te esperar a vida inteira."



<3

sábado, 20 de novembro de 2010

Não fazer mais nada



"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de mais nada fazer."



(to someone :))




"Eu acho que se eu te amo eu devo te deixar seguir em frente... E isso dói. Mas o que dói mesmo, é ver que eu não consigo fazer o mesmo. Não consigo tirar meus pés dos chão e simplesmente ir... ir embora sem você..."

Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você, ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e, se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que, no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?


Respirou fundo. Morangos, mangas maduras, monóxido de carbono, pólen, jasmins nas varandas dos subúrbios. O vento jogou seus cabelos ruivos sobre a cara. Sacudiu a cabeça para afastá-los e saiu andando lenta em busca de uma rua sem carros, de uma rua com árvores, uma rua em silêncio onde pudesse caminhar devagar e sozinha até em casa. Sem pensar em nada, sem nenhuma amargura, nenhuma vaga saudade, rejeição, rancor ou melancolia. Nada por dentro e por fora além daquele quase-novembro, daquele sábado, daquele vento, daquele céu azul – daquela não-dor, afinal.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sincronicidade



Só preciso de alguns abraços queridos, a companhia suave, bate-papos que me façam sorrir, algum nível de embriaguez e a sincronicidade: eu e você não acontecemos por uma relação causal, mas por uma relação de significado, que ainda estamos trabalhando.

We have everything...

E eu tenho vontade de segurar seu rosto e ordenar que você seja esperto e jamais me perca e seja feliz. E entenda que temos tudo o que duas pessoas precisam para ser feliz. A gente dá muitas risadas juntos. A gente admira o outro desde o dedinho do pé até onde cada um chegou sozinho. A gente acha que o mundo está maluco e sonha com a praia do Espelho e com sonos jamais despertados antes do meio-dia. A gente tem certeza de que nenhum perfume do mundo é melhor do que a nuca do outro no final do dia. A gente se reconheceu de longa data quando se viu pela primeira vez na vida. <3

Tenho tentado.



"Acho que fiz tudo do jeito melhor, meio torto talvez, mas tenho tentado da maneira mais bonita que eu sei."

Pequena Epifania



Há alguns anos. Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro.

Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de "minha vida". Outros fragmentos, daquela "outra vida". De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos.

Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas.

Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector "Tentação" na cabeça estonteada de encanto: "Mas ambos estavam comprometidos.

Era isso — aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.

Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania.

For X-mas



Alguém me dá de Natal? :}




(o DVD, não pensem merda. Sou comprometida.)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

É preciso viver apesar de...


“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso.

Não é que eu esteja vivendo apesar de, é que eu sempre vivi apesar de. Parei para pensar sobre a minha vida e o rumo que ela tomou e lembrei que apesar de, estou vivendo. Apesar de, não desisti. Apesar de, não tentei. Apesar de, eu amo. Apesar de, eu odeio. Apesar de, não enxerguei. Apesar de, não chorei. Apesar de, não sorri. Apesar de, não consegui. Apesar de, eu ganhei. Apesar de, não me esqueci. Apesar de, fui embora. Apesar de, eu permaneci.

Vivemos sempre, sempre, sempre apesar de. E apesar dos pesares, sobrevivemos até aqui.

Não é com tristeza nem alegria que eu escrevo hoje. Na verdade, eu escrevo apesar de. E, apesar de, a despeito de, não obstante, eu escrevo, e sinto, como sinto… e espero – e quero – que os pesares que a vida me impõe todos os dias, tornem-se sempre apesares, porque eu quero ter força e sabedoria para continuar apesar de.

E, apesar de querer, eu não tenho escolha. Essa escolha a vida não me deu, nem nunca vai dar, nem a mim, nem a ninguém. Faz parte de um mistério maior: o da existência. Nós ignoramos o começo e desconhecemos o fim. O fato é que fui o único espermatozóide a fecundar aquele óvulo apesar de ter milhões de espermatozóides com o mesmo objetivo, na mesma tentativa, no mesmo instante. E um dia, breve ou não, eu tenho a certeza de que vou morrer, apesar disso, não sei quando, nem onde, nem como isso vai acontecer, e menos ainda, se apesar de morrer em matéria, eu vou viver em espírito."

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mitomania

A mitomania é a tendência patológica mais ou menos voluntária e consciente para a mentira. Normalmente, as mentiras dos mitomaníacos estão relacionadas a assuntos específicos, porém podem ser ampliadas e atingir outros assuntos em casos considerados mais grave.

Justamente pelos mitômanos não possuírem consciência plena de suas palavras, os mesmos acabam por iludir os outros em histórias de fins únicos e práticos, com o intuito de suprirem aquilo de que falta em suas vidas. É considerada uma doença grave, necessitando o portador dela de grande atenção por parte dos amigos e familiares.

Dizer a verdade é um sofrimento para quem tem mitomania, doença definida como uma forma de DESEQUILÍBRIO PSÍQUICO caracterizado essencialmente por declarações mentirosas, vistas pelos que sofrem do mal como realidade.

O mitômano sempre sabe no fundo que o que ele diz não é totalmente verdadeiro. Mas ele também sabe que isso deve ser verdadeiro para que lhe garanta um equilíbrio interior suficiente. Em determinado momento, o sujeito prefere acreditar em sua realidade mais que na realidade objectiva exterior. Ele tem necessidade de contar essa história para se sentir tranquilizado e de acordo consigo mesmo.

A mitomania não pode ser considerada como uma mentira compulsiva, e sim como uma doença que se não tratada pode causar transtornos sérios à pessoa que possui. Em geral, essa manifestação deve-se à profunda necessidade de apreço ou atenção.

Grande parte dos casos de mitomania levam ao SUICÍDIO, principalmente se associados a depressão e pós depressão.

Não se sabe ao certo os motivos pelos quais a mitomania se manifesta. Primeiro, porque acarreta milhares de fatores sócio-psicológicos da pessoa afetada e, segundo, porque enfatiza uma situação social, podendo, então, mostrar-se eventual dependendo das circuntâncias presentes na época em que o indivíduo está vivendo. Na maioria das vezes é por desejo de aceitação daqueles que o rodeiam .

A cura do indivíduo reside muitas vezes na implementação de um quadro de cuidados que associa o tratamento em meio psiquiátrico do problema subjacente a um acompanhamento psicoterapêutico. Tal acompanhamento torna-se a parte mais importante, sendo realizado pelas pessoas que rodeiam o mitômano e que o mesmo requisitou para ajudá-lo. É importante nunca negar ao mesmo tal acompanhamento, sendo este a chave para a cura, até mais importante que um tratamento psiquiátrico.

Ahá! I knew it! o/ Ainda bem que há cura para esses enfermos...

É certo que todos mentimos mas... deve ser difícil lidar com a mentira todos os dias, criar mundos paralelos... Essas pessoas devem ficar o tempo todo com tensão. É triste essa vida de fantasia, essa vida-fantasma. É triste quando a pessoa percebe que a vida dela não é nada daquilo que ela diz ser ou que ela pensa viver.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

For you.



Às vezes me pego pensando se te agradeço o suficiente pela tua compreensão, tua paciência, tuas palavras doces (e, por vezes, amargas), tua capacidade de me entender e nunca me julgar, talvez sim, mas raro...

Por uma estúpida questão geográfica, por assim dizer, nunca pude ir à tua casa e falar-te de amor. Ou sim. Mas bem de longe.

Não sei se te agradeci.

Mas longe ou perto, sempre haverá um colo meu pra ti e pras tuas dores. Meus bolsos são poços sem fundo. Sempre caberá mais um choro, uma risada, um abraço pela web cam ou algo do tipo, ou até mesmo um coração partido pra eu tentar consertar. E ainda assim, com todas as tempestades, obstáculos e nossas desavenças, vai durar. Eu sei que vai.

Não queria te pedir mais do que tens, assim como eu não darei mais do que tenho. Mas o que tenho (de melhor e de pior) é teu.

Só quero te ver. Tocar. Teus pés pra aquecer os meus na cama, no fim do dia. Tua boca pela manhã. E olhar nos teus olhos, que não adivinho se castanhos ou verdes, e dizer depois de tanto tempo, tanta espera, tanto medo: eu te amo tanto, meu amor. Preciso de ti. Preciso das tuas palavras. Preciso que me digas "Amo-te" com esse sotaque lusitano que tanto me agrada. E outra vez, e outra, e mais outra. Preciso que me ligues, nem que seja pra não falar nada, só pra eu ficar ouvindo teu silêncio, a tua respiração do outro lado do telefone. Mas eu preciso muito, muito de ti.





segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Remar



Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também. Tá me entendendo? Eu sei que sim.

Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também!

Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também.

Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças!
Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena.

Que por você vale a pena.

Que por nós vale a pena.

Remar.

Re-amar.

Amar.

sábado, 18 de setembro de 2010

“Pior que tudo, rondava um sentimento de desorientação. Aquela liberdade e falta de laços tão totais que tornam-se horríveis, e você pode ir tanto pra Botucatu quanto para Java, Budapeste ou Maputo – nada interessa. Viajante sofre muito: e o preço que se paga por querer ver “como um danado”; feito Pessoa. Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia que doía, doía, sem remédio”

O dia em que Júpiter encontrou Saturno


Foi a primeira pessoa que viu quando entrou. Tão bonito que ela baixou os olhos, sem querer querendo que ele também a tivesse visto. Deram-lhe um copo de plástico com vodka, gelo e uma casquinha de limão. Ela triturou a casquinha entre os dentes, mexendo o gelo com a ponta do indicador, sem beber. Com a movimentação dos outros, levantando o tempo todo para dançar rocks barulhentos ou afundar nos quartos onde rolavam carreiras e baseados, devagarinho conquistou uma cadeira de junco junto a janela. A noite clara lá fora estendida sobre Henrique Schaumann, a avenida poncho & conga, riu sozinha. Ria sozinha quase o tempo todo, uma moça magra querendo controlar a própria loucura, discretamente infeliz. Molhou os lábios na vodka tomando coragem de olhar para ele, um moço queimado de sol e calças brancas com a barra descosturada. Baixou outra vez os olhos, embora morena também, e suspirou soltando os ombros, coluna amoldando-se ao junco da cadeira. Só porque era sábado e não ficaria, desta vez não, parada entre o som, a televisão e o livro, atenta ao telefone silencioso. Sorriu olhando em volta, muito bem, parabéns, aqui estamos.

Não que estivesse triste, só não sentia mais nada.

Levemente, para não chamar atenção de ninguém, girou o busto sobre a cintura, apoiando o cotovelo direito sobre o peitoril da janela. Debruçou o rosto na palma da mão, os cabelos lisos caíram sobre o rosto. Para afastá-los, ela levantou a cabeça, e então viu o céu tão claro que não era o céu normal de Sampa, com uma lua quase cheia e Júpiter e Saturno muito próximos. Vista assim parecia não uma moça vivendo, mas pintada em aquarela, estatizada feito estivesse muito calma, e até estava, só não sentia mais nada, fazia tempo. Quem sabe porque não evidenciava nenhum risco parada assim, meio remota, o moço das calças brancas veio se aproximando sem que ela percebesse.

Parado ao lado dela, vistos de dentro, os dois pintados em aquarela - mas vistos de fora, das janelas dos carros procurando bares na avenida, sombras chinesas recortadas contra a luz vermelha.

E de repente o rock barulhento parou e a voz de John Lennon cantou every day, every way is getting better and better. Na cabeça dela soaram cinco tiros. Os olhos subitamente endurecidos da moça voltaram-se para dentro esbarrando nos olhos subitamente endurecidos do moço. As memórias que cada um guardava, e eram tantas, transpareceram tão nitidamente nos olhos que ela imediatamente entendeu quando ele a tocou no ombro.

- Você gosta de estrelas?
- Gosto. Você também?
- Também. Você está olhando a lua?
- Quase cheia. Em Virgem.
- Amanhã faz conjunção com Júpiter.
- Com Saturno também.
- Isso é bom?
- Eu não sei. Deve ser.
- É sim. Bom encontrar você.
- Também acho.

(Silêncio)

- Você gosta de Júpiter?
- Gosto. Na verdade “desejaria viver em Júpiter onde as almas são puras e a transa é outra”.
- Que é isso?
- Um poema de um menino que vai morrer.
- Como é que você sabe?
- Em fevereiro, ele vai se matar em fevereiro.

(Silêncio)

- Você tem um cigarro?
- Estou tentando parar de fumar.
- Eu também. Mas queria uma coisa nas mãos agora.
- Você tem uma coisa nas mãos agora.
- Eu?
- Eu.

(Silêncio)

- Como é que você sabe?
- O quê?
- Que o menino vai se matar.
- Sei de muitas coisas. Algumas nem aconteceram ainda.
- Eu não sei nada.
- Te ensino a saber, não a sentir. Não sinto nada, já faz tempo.
- Eu só sinto, mas não sei o que sinto. Quando sei, não compreendo.
- Ninguém compreende.
- Às vezes, sim. Eu te ensino.
- Difícil, morri em dezembro. Com cinco tiros nas costas. Você também.
- Também, depois saí do corpo. Você já saiu do corpo?

(Silêncio)

- Você tomou alguma coisa?
- O quê?
- Cocaína, morfina, codeína, mescalina, heroína, estenamina, psilocibina, metedrina.
- Não tomei nada. Não tomo mais nada.
- Nem eu. Já tomei tudo.
- Tudo?
- Cogumelos têm parte com o diabo.
- O ópio aperfeiçoa o real.
- Agora quero ficar limpa. De corpo, de alma. Não quero sair do corpo.

(Silêncio)

- Acho que estou voltando. Usava saias coloridas, flores nos cabelos.
- Minha trança chegava até a cintura. As pulseiras cobriam os braços.
- Alguma coisa se perdeu.
- Onde fomos? Onde ficamos?
- Alguma coisa se encontrou.
- E aqueles guizos?
- E aquelas fitas?
- O sol já foi embora.
- A estrada escureceu.
- Mas navegamos.
- Sim. Onde está o Norte?
- Localiza o Cruzeiro do Sul. Depois caminhamos na direção oposta.

(Silêncio)

- Você é de Virgem?
- Sou. E você, de Capricórnio?
- Sou. Eu sabia.
- Eu sabia também.
- Combinamos: terra.
- Sim. Combinamos.

(Silêncio)

- Amanhã vou embora para Paris.
- Amanhã vou embora para Natal.
- Eu te mando um cartão de lá.
- Eu te mando um cartão de lá.
- No meu cartão vai ter uma pedra suspensa sobre o mar.
- No meu não vai ter pedra, só mar. E uma palmeira debruçada.

(Silêncio)

- Vou tomar chá de ayahuasca e ver você egípcia. Parada do meu lado, olhando de perfil.
- Vou tomar chá de datura e ver você tuaregue. Perdido no deserto, ofuscado pelo sol.
- Vamos nos ver?
- No teu chá. No meu chá.

(Silêncio)

- Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.
- Quando estiver muito quente, me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede pensando em dormir com você.
- Vou te escrever carta e não te mandar.
- Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.
- Vou ver Júpiter e me lembrar de você.
- Vou ver Saturno e me lembrar de você.
- Daqui a vinte anos voltarão a se encontrar.
- O tempo não existe.
- O tempo existe, sim, e devora.
- Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher. Sem encontrar, porque terei esquecido. Alfazema?
- Alecrim. Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
- E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.

(Silêncio)

- Mas não seria natural.
- Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
- Natural é encontrar. Natural é perder.
- Linhas paralelas se encontram no infinito.
- O infinito não acaba. O infinito é nunca.
- Ou sempre.

(Silêncio)

- Tudo isso é muito abstrato. Está tocando “Kiss, Kiss, Kiss”. Por que você não me convida para dormirmos juntos.
- Você quer dormir comigo?
- Não.
- Porque não é preciso?
- Porque não é preciso.

(Silêncio)

- Me beija.
- Te beijo.

Foi a última pessoa que viu ao sair. Tão bonita que ele baixou os olhos, sem saber sabendo que ela também o tinha visto. Desceu pelo elevador, a chave do carro na mão. Rodou a chave entre os dedos, depois mordeu de leve a ponta metálica, amarga. Os olhos fixos nos andares que passavam, sem prestar atenção nos outros que assoavam narizes e pingavam colírios. Devagarinho, conquistou espaço junto à porta. Os ruídos coados de festas e comandos da madrugada nos outros apartamentos, festas pelas festas, riu sozinho. Ria sozinho quase sempre, um moço queimado de sol, com a barra branca das calças descosturadas, querendo controlar a própria loucura, discretamente infeliz.

Mordeu a unha junto com a chave, lembrando dela, uma moça magra de cabelos lisos junto à janela. Baixou outra vez os olhos, embora magro também. E suspirou os ombros, pés inseguros comprimindo o piso instável do elevador. Só porque era sábado, porque estava indo embora, porque as malas estavam sem fazer e o telefone tocava sem parar. Sorriu olhando em volta.

Não que estivesse triste, só não compreendia o que estava sentindo.

Levemente, para não chamar a atenção de ninguém, apertou os dedos da mão direita na porta do elevador e atravessou o saguão de lado, saindo para a rua. Apoiou-se no poste da esquina, o vento esvoaçando os cabelos, e para evitá-lo ele então levantou a cabeça e viu o céu. Um céu tão claro que não era o céu normal de Sampa, com uma lua quase cheia e Júpiter e Saturno muito próximos. Visto assim parecia um moço vivendo, mas pintado num óleo de Gregório Gruber, tão nítido que ressaltado contra o fundo da avenida, e assim estava, mas sem compreender, fazia tempo. Quem sabe porque não evidenciava nenhum risco, a moça debruçou-se na janela lá em cima e gritou alguma coisa que ele não chegou a ouvir. Parado longe dela, a moça visível apenas da cintura para cima parecia um fantoche de luva, manipulado por alguém escondido, o moço no poste agitando a cabeça, uma marionete de fios, manipulada por alguém escondido.

De repente um carro freou atrás dele, o rádio gritando “se Deus quiser, um dia acabo voando”. Na cabeça dele soaram cinco tiros. De onde estava, não conseguiria ver os olhos da moça. De onde estava, a moção não conseguiria ver os olhos dele. Mas as memórias de cada um eram tantas que ela imediatamente entendeu e aceitou, desaparecendo da janela no exato momento em que ele atravessou a avenida sem olhar para trás.




- Caio F.

Fuga

(...) vezenquando ele se voltava para ver se ela ainda o acompanhava. Ainda. Expressava seu alívio em forma de suspiro, e prosseguia.

sábado, 11 de setembro de 2010

♫ That's how strong my love is... =)




Some people they call me crazy
For falling in love with you
Well they can take me and lock me away, baby
Cause there's nothing those boss can't do

I'll be the rising moon after the set of sun
Just to let you know you'll always have someone
I'll be the clearest day when the rain is done
So you'll always know


To the shake of an earthquake, I will never fall
That's how strong my love is
Like the shiver to the storm we can risk it all
That's how strong my love is

I used to feel kinda lonely
Cause the world it can be so fake
And all the matter I'm telling you is you and me on late
And the fortunes from love we make


I'll be the water you need in a desert land
Just to let you know you'll always have my hand
I'll be the woman you need to feel a better man
So you'll always know


To the shake of an earthquake, I will never fall
That's how strong my love is
Like the shieve to the storm we can risk it all
That's how strong my love is

Oh, can't ever bring us down
Oh, cause we are heaven bound
Like the mountain stand
And star and moon above are here to stay
Oh, can't nothing get in the way


To the shake of an earthquake, I will never fall
(I will never fall)
That's how strong my love is
(That's how strong my love, my love is)
Like the shieve to the storm we can risk it all
(We can risk it all)
That's how strong my love is

Through the deepest waters I won't let you drown
That's how strong my love is
(oh, that's how strong my love is)
To the long in the sky I will never come down
That's how strong my love is
That's how strong my love is
That's how strong my love is





perfect.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

E se...

... eu mudasse meu destino num passe de mágica? (...) Estranho, mas é sempre como se houvesse por trás do livre-arbítrio um roteiro fixo, pré-determinado, que não pode ser violado.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

(L)

"Sei que pretendia dizer uma coisa muito especial a você, alguma coisa que faria você largar tudo e vir correndo me ver. E se você vem, fica tudo maior, mais amplo, sei lá, mas é como se eu existisse de um jeito mais completo, compreende?"

Só eu sei que...

... cheguei à humildade máxima que um ser humano pode atingir: confessar a outro ser humano que precisa dele para existir.



(Caio F. Abreu)

domingo, 1 de agosto de 2010

"Do you know...


... that your love is the sweetest sin?"

Yes, today was great.
Laughs, fun, music, games and my friends... Really liked it. :)

But all of this wasn't enough to fill my heart.
It's always missing something... someone...
Him.
And when I sang things like "No one else can make me feel the colors that you bring.... Stay with me while we grow old....And we will live each day in spring time...." it put tears on my eyes.

Nothing in my life is completely without him.
Nothing in my life is completely without you, sweetie. And you know that.
Missing you so much...

:(

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Pensa em Mim




Inspiração dos meus sonhos, não quero acordar
Quero ficar só contigo, não vou poder voar
Por que parar pra refletir se o meu reflexo é você?
Aprendendo uma só vida, compartilhando o prazer
Porque parece que na hora eu não vou aguentar?
Se eu sempre tive força e nunca parei de lutar?
Como num filme, no final tudo vai dar certo.
Quem foi que disse que pra tá junto, precisa tá perto?

Pensa em mim, que eu estou pensando em você e me diz
O que eu quero te dizer, vem para cá pra eu ver que juntos estamos
E te falar mais uma vez que te amo.

O tempo que passamos juntos vai ficar para sempre.
Intimidade, brincadeiras só a gente entende.
Para quem fala que namorar é perder tempo, eu digo:
Há muito tempo eu não cresci o que eu cresci contigo.
Juntos no balanço da rede sob o céu estrelado, sempre acontece, o tempo para quando estou do seu lado.
A noite chega, eu fecho os olhos, é você que eu vejo,
Como eu queria estar contigo, eu paro e faço um desejo:

Pensa em mim, que eu to pensando em você e me diz
O que o quero te dizer, vem pra cá para eu ver que juntos estamos
E te falar mais uma vez que te amo.



Pensa em mim, que eu to pensando em você e me diz
O que o quero te dizer, vem pra cá para eu ver que juntos estamos
E te falar mais uma vez que te amo.

Pensa em mim, que eu to pensando em você e me diz
O que o quero te dizer, vem pra cá para eu ver que juntos estamos
E te falar mais uma vez que te amo.

Mais uma vez que te amo!



~Pensa em Mim - Darvin ♪



I like this song in a special way...





terça-feira, 27 de julho de 2010

Envy

If envy could kill...




... there are people who should already be dead a long time ago.






LMAO

There's no limits to a ridiculous person.
And I just... laugh...


Laugh of you, darling.


:*


Some people are better fucking than talking. In a certain case, neither one.




segunda-feira, 26 de julho de 2010

Music of the day




[...]


I don't want anybody else
When I think about you
I touch myself
I don't want anybody else

Oh no, oh no, oh no


You're the one who makes me happy honey
You're the sun who makes me shine
When you're around I'm always laughing
I want to make you mine


I close my eyes
And see you before me
Think I would die
If you were to ignore me
A fool could see
Just how much I adore you
I get down on my knees
I'd do anything for you



~Blondie - I touch myself






Yeah, Blondie k
nows me...




I have the best, sweetest, cutiest boyfriend on UNIVERSE ♥


Did I already say that? *-*
And today we're just 14 months together!
14 months!
Honey, I love you more than anything.
Love you sooooo so so so so so soooo MUCH!
Thanks for all those things you've doing for me. You're just... PERFECT!
I wanna marry you, and... have kids with you (like... a dog. haha) and... BE WITH YOU FOREVER AND EVER AND EVER AND EVER!
Thank you for loving me, supporting me, thank you for being with me all the time.

And...

I think I already have all that I always wanted: YOU.




Love you, D.




Your (always) B.