domingo, 10 de abril de 2011



Não importa agora se ela está longe ou perto, não importa se ela cai e não consegue levantar, não importa o que ela anda fazendo e se ainda tem aquele jeito atrapalhado de falar, se continua com aquele sorriso estampado no rosto ou se está triste. Não importa se ela vem hoje, amanhã, ou depois, e talvez importasse, mas hoje, hoje não mais. Não importa se ela ainda frequenta aquele lugar que vocês ficavam juntos e se ela ainda sente teu cheiro, não importa mais a música que ela ouve ou o jeito como ela escreve e se o autor preferido dela ainda é o mesmo. Não importa se ela ainda quer te fazer feliz e se ela te espera pra isso. Não importa, não te importa... Importa?

"Eu sei que uma outra deve estar falando ao seu ouvido palavras de amor como eu falei, mas, eu duvido que ela tenha tanto amor e até os erros do meu português ruim e nessa hora você vai lembrar de mim... Eu sei que esses detalhes vão sumir na longa estrada do tempo que transforma todo amor em quase nada, mas quase também é mais um detalhe. Um grande amor não vai morrer assim, por isso, de vez em quando você vai lembrar de mim.''

Eu só queria ser feliz, sabe? Não to pedindo demais, não to pedindo horrores, aliás, nem é um pedido, é só um desejo. Acalmo meu coração sempre que penso que se um dia as pessoas sofrem é porque elas têm que aprender. E como quem não desiste de finais felizes eu me prendo a isso, parece “menos ruim”, pensando por esse lado. E eu vou acreditar, porque as coisas só são quando a gente acredita nelas! Um dia tudo se acalma, se ajeita... Ou seja, de volta ao meu clichê, esperança.

Pra fugir um pouco do comum então, me conta alguma coisa do teu dia, em especifico como tu te sente quando fecha os olhos e te depara sozinho, sem ninguém com quem contar.

Não sei o que é pior, ser o vilão ou o mocinho? O que eu sinto por alguém e que não é correspondido, alguém sente por mim e eu não correspondo. Inevitável. A cada dia que passava eu tinha certeza que esse esforço que eu fazia pra te esquecer era inútil. Quanto mais eu tentava esquecer, mais eu lembrava. Só que agora as coisas se diferem, e eu já nem sei mais o que eu sinto. É só um vazio, um vazio enorme... Viramos um jogo de quebra-cabeça onde algumas peças foram perdidas e as que sobraram já não se encaixam mais. Algumas coisas são melhores quando não ditas, eu sei. Consegue escutar o meu silêncio? Ele te diz alguma coisa? Eu não saberia o que falar se eu realmente precisasse dizer alguma coisa. Sou o que sou hoje por todas as coisas que já vi ou vivi e você faz parte disso. Aprendizado. E te agradecer não seria o bastante, não bastaria. Um + um na minha conta não resultaria em dois, um + um pra mim seria igual a um, nós. Nem tudo é como a gente quer. Vida injusta, mundo errado, eu sei... E quer mesmo saber? Reclamar nunca resolveu os meus problemas. Por isso alguma coisa mudou, eu não sei exatamente o que, mas mudei, mudou, mudamos. O porquê de algumas atitudes que eu tomei? Pense, repense e conclua. Os fins justificam os meios. Mas tenta te prender a algum argumento pra nunca me deixar... Sumir não é sinônimo de abandonar. Eu nunca abandonaria, sou covarde e masoquista o suficiente pra ficar aqui e assistir a tudo como se nada doesse em mim, como se nada ultrapassasse essa armadura de aço que eu vesti a tempos, desde o primeiro minuto que eu senti meu coração bater mais forte e percebi que havia um motivo, e esse motivo tu sabes bem... Tu conheces bem.

quarta-feira, 6 de abril de 2011



Hoje funciona assim comigo: dor calada no peito, coragem estampada no rosto.



A inocência deveria durar, a inocência do amor que se sente, de um toque, de um olhar, a inocência da alma, a nossa maior essência. Eu queria te odiar, eu poderia te odiar, aliás, eu deveria te odiar, mas é impossível. Eu fui capaz, eu criei coragem, eu olhei pra frente, respirei e te falei as coisas que eu guardava no peito, no fundo da alma, na minha essência, eu te entreguei toda a minha inocência, a minha verdade, todinha... pra ti. Primeiro recebi como resposta teu silêncio, aaaaaah silêncio que me consumiu, por um bom tempo, depois as tuas palavras que foram de dor, mas ao menos foram de sinceridade. Eu esperava tudo, eu estava preparada para a pior das reações, agora entendo porque eu não consigo te odiar, tu és sincero demais, e sinceridade me atrai, isso significa que a tua inocência ainda está viva, ela ainda predomina em teu peito, é isso que me faz te querer.

Por muito tempo eu não soube o que falar, eu planejava respostas, pesquisava perguntas, eu queria te ter, ainda quero, mas meu tempo de planejamento se esgotou, querido, e eu estou aqui, tão parada, tão esquecida, desfalecendo, não aguento mais tua ausência, meu coração está se esgotando diante dessa situação. Eu queria sentir tua respiração, tua respiração tão perto da minha, queria sentir teu toque em meu rosto, em meu corpo. Situações impossíveis. Estou tão debilitada no momento, eu respiro pouco, esqueço de comer, aliás, nem sinto mais fome, me sinto tão cansada, me sinto tão sem alma, minha inocência grita teu nome, as palavras estão arfando de minha garganta, desesperada, desapontada e apaixonada, é isso que eu sou, é assim que me sinto.
E o que você pode fazer, não é ? Nada e mais nada. Eu sou alguém especial, não tanto quanto gostaria, mas tenho que me conformar com "especial" ao teu modo, e meu coração com o tempo se acostuma.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Não necessariamente



Queria saber como tu estás com quem tu andas e o que estás fazendo... Se ainda tem as mesmas manias, e se continuas a ser essas coisas que tu demonstraste ser por todo esse tempo, as quais eu sinto falta. Muita falta, por sinal. Pergunto-me, como seria se nada tivesse mudado? E se o tempo não tivesse que passar?
Eu tenho essa minha maldita mania de tentar amenizar situações, não deixando com que vejam o que fica, como fica, o que sobra quando tu vais, porque sim, quando tu somes não sou nada mais do que, sobras. E fico aqui fingindo essa insignificância idiota e alimentando esse meu orgulho tolo que não me leva a lugar algum. Eu só queria saber como tu estás com quem tu andas e o que está fazendo... Não necessariamente nessa ordem. Vejo-te entrando em outros rumos, palavras novas, lugares novos, pessoas novas, pessoas novas, pessoas novas, repetidamente, pessoas novas... E tu lida com elas de certa forma diferente de como tu lida, lidava comigo. Às vezes, até mesmo demonstrando mais felicidade. Não que eu não tivesse sido avisada, alias, fui sim, e muito bem avisada. Mas sabe como é né? O ser humano e essa falsa ilusão de que um dia tudo se resolve. Que dia? Que ser humano? Quando, como e onde? Ficar acompanhando cada passo teu, cada coisa que tu diz, cada novo amigo que tu faz, é outra coisa que nunca vai me levar a lugar algum, como tudo que eu já fiz até hoje. É só mais uma cena pra ficar gravada, pra ficar doendo, pra ficar ali. E infelizmente, como tudo nessa vida, amor também tem limites.

A espera



É dos sentimentos mais estranhos que se deparam perante nós quando vamos de encontro a esta situação. Todos os cenários possíveis e imaginários passam pela nossa cabeça levando-nos a presenciar os estados mais excitados, repletos de conotação positiva, optimismo extremo, felicidade duradoura, mas também evocar o mau, o negativo, a tristeza, a morte… Pode ser quase equiparada como a passagem repentina do Céu ao Inferno. Mas atenção, pois não é a mesma coisa. É raro alguém num determinado momento, conseguir viver essa experiência tão perturbadora, tão degradante para a condição humana. O insensível chora, o mais forte fraqueja, o mais corajoso acobarda-se, o poeta deixa de amar e a sua chama viva esmorece e extingue-se nos campos da solidão. É nessa altura que as questões irrompem por todos os poros pelos quais respiramos a vida. Todas surgem, independentemente da estupidez que cada uma poderá acarretar. é como que o nosso cérebro descompensasse, buscando desesperadamente respostas, soluções para combater o impiedoso choque.

Quando estamos à espera que algo aconteça, é o momento em que não temos o nosso destino na mão. A vida resume-se a um caminho pelo bosque, onde, de tempos a tempos encontramos bifurcações, nas quais temos de decidir o nosso destino. Ou vamos por um, ou vamos por outro. Somos nós que decidimos. Mas quando esperamos por uma decisão, tome ela a forma que tomar, sentimo-nos pequenos, inseguros, desorientados. É o momento em que algo ou alguém vai decidir por nós. É o momento em que o nosso próprio destino nos escapa das mãos. Sintomatologicamente , o nosso corpo reage, das mais variadas formas que toda a gente já experienciou . A verdade é nua e crua: não podemos fazer nada… a não ser esperar.

sábado, 2 de abril de 2011



Talvez meu amor tenha aprendido a ser menos amor só para nunca deixar de ser amor.